As viagens profissionais constantes podem afectar, e afectam em muitos casos, pelo stress e pelo cansaço que causam, o desempenho dos trabalhadores, de forma considerável. Um dos factores que mais pode contribuir para isso é a rotina de passar, com muita frequência, pela confusão dos aeroportos. A espera, no meio da multidão barulhenta, nos espaços comuns dos aeroportos, com condições estruturais que não são as mais adequadas, pode levar a uma extenuação do trabalhador, que afetará, gradualmente, a sua capacidade de concentração e de trabalho.

Os “lounges” são uma solução que ajuda a atenuar os efeitos deste problema, porque permitem uma espera, sem desespero, num ambiente de tranquilidade e relaxamento, sem o pandemónio que caracteriza o dia a dia de um aeroporto. Funcionam como uma redoma que ajuda a proteger o trabalhador do desgaste de uma vida de nómada, e proporcionam, além disso, um conjunto muito significativo de vantagens. Desde logo, pela oportunidade de descanso e lazer, que em muitos “lounges” passa mesmo pela possibilidade de dormir, antes de prosseguir viagem. São também, pelo silêncio que os caracteriza, o ambiente adequado para trabalhar, para preparar uma reunião, para efectuar uma leitura de e-mails atrasados, para comunicar com colegas, chefias ou clientes, constituindo, dessa forma, uma ferramenta produtiva de aproveitamento do tempo de espera.

As suas condições estruturais são incomparáveis às que os lugares públicos dos aeroportos oferecem, com salas equipadas com mobiliário confortável e prático, com casas de banho que primam pela higiene e que, em alguns casos, permitem tomar banho, o que pode ser muito útil, por exemplo, antes de uma reunião com um cliente. A comida e as bebidas que, por norma, estão incluídas, são de boa qualidade. Estão equipados com tomadas que permitem carregar a bateria dos dispositivos móveis e com ligações gratuitas de “wi-fi” superiores às dos lugares públicos, que não falham, e tem uma oferta considerável de revistas e jornais locais e internacionais.

As vantagens apontadas, deixam em evidência que os “lounges” podem ser um factor com uma influência muito positiva no desempenho dos trabalhadores, que deve ser levado em conta pelas empresas no planeamento das viagens dos seus funcionários, como uma forma de proteger e aumentar os seus níveis de produtividade.

Existem múltiplas ofertas, no mercado, que possibilitam o acesso a “lounges”, que vão desde programas de adesão anual, passando por cartões de crédito que permitem o acesso com condições mais vantajosas, por sites que permitem a compra de entradas para uma viagem isolada, até à compra de entradas que pode ser efectuada nos sites das companhias aéreas. Para quem não viaja em primeira classe ou em executiva, deixamos aqui algumas opções.

A solução mais utilizada por empresas de todo o mundo, é o “Priority Pass” que, de acordo com as informações veiculadas no seu “website”, permite o acesso a 1200 salas de espera, em 500 cidades, em mais de 130 países. O “Priority Pass” tem 3 planos de subscrição disponíveis (Standard, Standard Plus e Prestige), com diferentes custos e diferentes benefícios e os seus associados tem acesso a um aplicativo que permite localizar “lounges” em todo o mundo e a um contacto que está acessível 24 horas por dia. (1)

O DragonPass é uma alternativa com uma oferta também muito disseminada em todo o mundo, que dispõe de mais de 1000 salas, presentes em 711 aeroportos, facilmente localizáveis através do seu aplicativo, e que funciona também por subscrição anual, com 3 planos possíveis (Classic, Preferential e Prestige) cujos benefícios vão desde o acesso a um preço com desconto, até ao acesso ilimitado, sem custos adicionais. Estes planos incluem ainda descontos em restaurantes e no aluguer de limusinas. (2)

O Executive Lounges by Swissport é uma opção mais modesta, quanto à abrangência geográfica e ao número de salas, que está presente em 22 países, com 45 “lounges” disponíveis, e que permite a compra de entradas no seu site para uma viagem específica, mas que também tem dois planos de subscrição anual (Aspire Lounge Annual Membership Card e o Aspire Plus Platinum Annual Membership Card), que permitem a entrada ao subscritor e a um convidado. (3)

Para quem não quer ficar preso a uma subscrição anual, que pode não conseguir rentabilizar, também existem soluções. Uma dessas alternativas é o Lounge Pass, porque se trata de um site que permite a compra online de entradas, sem necessidade de subscrição anual, a preços a partir de 16,00€ por pessoa, em mais de 400 “lounges”, presentes em 250 aeroportos, em mais de 80 países. (4)

Com um funcionamento, que tem algumas semelhanças com o Lounge Pass, existe ainda o LoungeBuddy, um aplicativo que também permite a marcação, a partir de 25 $, em mais de 450 aeroportos a nível mundial, em lounges de parceiros, sem necessidade de subscrição anual e que tem ainda a vantagem de permitir pesquisar os “lounges” aos quais o viajante já tem acesso, pelo facto de já ter algum tipo de subscrição, ou por privilégio da companhia aérea com que está a viajar, ou como benefício de um cartão de crédito. (5)

A oferta de uma destas subscrições ou a simples compra de entradas, quando se justifica pelas características da viagem, por parte das empresas aos seus funcionários, sobretudo aos que viajam constantemente, pode trazer ganhos de produtividade a médio e longo prazo muito substanciais, porque, além dos efeitos práticos na melhoria efectiva das suas condições de trabalho, será interpretado por eles como uma forma de valorização profissional e pessoal, pelo cuidado implícito que essa oferta acarreta com o seu bem-estar físico e emocional, que terá, certamente, efeitos nos seus índices de motivação e nos seus resultados.

Informações obtidas em:

(1) https://www.prioritypass.com/pt
(2) https://en.dragonpass.com.cn/
(3) https://www.executivelounges.com/
(4) https://www.loungepass.com/
(5) https://www.loungebuddy.com/?source=homepage

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— Escrito por RoomsCo