Em pleno século XXI, os desenvolvimentos tecnológicos permeiam todos os setores e indústrias da economia. Estas novas tecnologias têm criado oportunidades para empresas e consumidores, possibilitando um maior contacto com mais segurança e a uma maior distância.
Para o viajante corporate, a integração destas novas tecnologias no setor do turismo tem sido fundamental para criar uma experiência cada vez mais simplificada ajudando-o a poupar tempo e a aumentar a sua produtividade em viagem.
Fique a par dos últimos desenvolvimentos tecnológicos no setor e conheça como serão os aeroportos do futuro.
O impacto da pandemia
Nos últimos anos, já tínhamos vindo a observar a integração de novas tecnologias nos aeroportos – terminais de check-in automático e aplicações de aeroportos com informações das partidas e chegadas foram algumas das primeiras tecnologias a chegar.
No entanto, como aconteceu em muitos outros setores, a pandemia da COVID-19 veio acelerar a digitalização dos aeroportos. Com o objetivo duplo de tornar os aeroportos lugares mais seguros e recuperar a confiança dos viajantes, muitos aeroportos começaram a adotar tecnologias contactless para minimizar o risco de contágio e melhorar a experiência para o viajante.
Deste modo, têm sido vários os aeroportos – especialmente no continente asiático – a começar a testar uma variedade deste tipo de tecnologias desde scanners de infravermelhos, tecnologias de controlo de voz, códigos QR, robôs de limpeza e aplicações móveis com funcionalidades avançadas.
Transição para um ambiente zero-touch
Os aeroportos são, por definição, ambientes com muitos pontos de contacto. Para além dos balcões de check-in e drop-off de bagagem e do controlo de segurança, o que não faltam nos aeroportos são oportunidades para um viajante adquirir outros bens e serviços – o que, até agora, tem-se traduzido em mais momentos de interação cara-a-cara. Seja para fazer um upgrade ao lugar no avião ou fazer umas compras nas lojas duty-free enquanto espera pela hora do embarque, todos estes momentos têm obrigado ao contacto entre viajantes e representantes de companhias aéreas, funcionários do aeroporto e lojistas.
Numa era em que a segurança e a saúde dos viajantes está no topo das prioridades, as tecnologias contactless começam a ser mais utilizadas e trazem novos benefícios como uma maior facilidade de pagamentos e uma experiência de viagem cada vez mais simplificada.
Uma oportunidade para as companhias aéreas
A introdução destas novas tecnologias nos aeroportos apresenta também uma oportunidade única para as companhias aéreas que estejam prontas para abraçar esta mudança.
Num ecossistema zero-touch, as companhias aéreas conseguem estabelecer contacto com o seu cliente a partir do momento em que ele chega ao aeroporto – ou até antes – através do desenvolvimento das suas próprias aplicações móveis e terminais de pagamento self-service. E é aqui que surge a oportunidade.
No seu mais recente relatório – Power Your Payments –, a FIS Global concluiu que cerca de 51% dos viajantes estão dispostos a adquirir serviços complementares de uma companhia aérea. Mas os mesmos dados indicam que este tipo de compra está fortemente dependente da sua facilidade e conveniência para o cliente. Por exemplo, 35% dos viajantes responderam que fariam um upgrade ao seu lugar no avião se fosse possível fazê-lo no balcão do check-in em vez de se terem de deslocar a um balcão diferente dedicado a upgrades.
A vantagem das tecnologias self-service é que são acessíveis a partir de qualquer dispositivo móvel – tornando a integração de serviços complementares (como transporte do aeroporto ou compras duty-free) simples e conveniente. Com uma aplicação móvel, o viajante pode planear toda a sua viagem e efetuar todos os pagamentos necessários a partir de um único ponto que é controlado pela companhia aérea.
Gestão de expectativas
Não há dúvida de que a conveniência e facilidade dos serviços estão intrinsecamente ligadas à satisfação do consumidor. Mas aquilo que um viajante considera conveniente pode ser o cenário mais complicado para outro.
No que se refere às preferências de pagamento, por exemplo, o mesmo relatório da FIS Global concluiu que estas variam consideravelmente consoante fatores como a idade dos viajantes, o tipo de compra e ainda o país onde se encontra o aeroporto.
Neste sentido, e apesar da tendência de digitalizar cada vez mais a experiência dos viajantes no aeroporto, é importante continuar a disponibilizar alternativas (como pagamentos por cartão de crédito ou débito e balcões de informação com representantes das companhias aéreas e do aeroporto) para assegurar uma experiência agradável a todos os viajantes.